28/08/2009

TURBULÊNCIA:O MAIS IMPORTANTE PROBLEMA NÃO RESOLVIDO DA FÍSICA CLÁSSICA!!!




Um estudo realizado por cientistas da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade de Florença (Itália) demonstrou que o fenômeno da turbulência ocorre também no condensado de Bose-Einstein – uma fase da matéria formada por átomos em temperaturas próximas do zero absoluto e que permite a observação de efeitos quânticos em escala macroscópica.

Segundo o autor principal do estudo, Vanderlei Salvador Bagnato, do Instituto de Física de São Carlos (IFSC), da USP, até agora os fenômenos de turbulência eram estudados em modelos de hélio líquido a baixíssimas temperaturas. No entanto, nesses modelos, a formação de vórtices não pode ser observada a olho nu.

“A vantagem é que no condensado de Bose-Einstein podemos observar esses fenômenos diretamente. Sabendo que a turbulência quântica está associada a qualquer superfluido quântico – e não apenas ao hélio líquido – temos novos caminhos de investigação à disposição”.

O grupo, liderado por Bagnato, está ligado ao Centro de Óptica e Fotônica (Cepof) de São Carlos – um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (Cepids) da FAPESP, coordenado pelo pesquisador.

Turbulências são fenômenos que ocorrem em fluidos – líquidos e gases –, geralmente submetidos a movimentos completamente desordenados, conhecidos como vórtices. “Quando um fluido apresenta muitos vórtices em movimento completamente desordenado, caracteriza-se a turbulência. Trata-se de um fenômeno muito difícil de ser estudado e, atualmente, é uma das principais fronteiras do conhecimento na física”.

Até agora, no entanto, o hélio líquido era o único sistema quântico à disposição para análise dos fenômenos de turbulência. “Aprendeu-se muito, mas ainda há um longo caminho pela frente, porque não é possível observar a olho nu a turbulência no hélio líquido, como observamos a turbulência em uma xícara de café, por exemplo”.

Em 1995, surgiu um novo superfluido: o condensado de Bose-Einstein. A existência desse estado da matéria foi prevista por Albert Einstein em 1925, a partir do trabalho de Satyendra Nath Bose, como consequência teórica da mecânica quântica. Mas apenas 70 anos depois, na Universidade do Colorado (Estados Unidos), Eric Cornell e Carl Wieman produziram pela primeira vez o condensado – recebendo, por conta disso, o Prêmio Nobel da Física, em 2001.

“Esse condensado se transforma em um superfluido quando é submetido a uma temperatura próxima do zero absoluto. A questão era saber se nesse sistema também há possibilidade de existência do fenômeno da turbulência”.

“A questão da turbulência nos superfluidos líquidos é uma área de pesquisa muito ativa. Sabia-se que seria importante identificar outros superfluidos que permitissem fazer esse estudo, porque essa nova opção criaria situações alternativas de investigação”.

No caso do hélio líquido é preciso diminuir a temperatura do fluido ainda mais do que na produção do condensado de Bose-Einstein: a 80 nanokelvin – ou seja, 80 bilionésimos acima do zero absoluto.

“É muito mais fácil produzir o Bose-Einstein, que é menos denso e apresenta vórtices maiores, sendo também um fluido quântico. Agora verificou-se que a turbulência ocorre também no condensado, onde podemos observar esses fenômenos a olho nu. Poderemos estudar coisas que seriam de realização impossível com o hélio líquido”.

Os experimentos são feitos em armadilhas de átomos com resfriamento a laser, dentro da chamada condensação de Bose-Einstein. O condensado não existe naturalmente no Universo e, por isso, é preciso produzi-lo em laboratório.

O artigo Emergence of turbulence in an oscillating Bose-Einstein condensate , de Vanderlei Salvador Bagnato e outros, pode ser lido por assinantes da Physical Review Letters em http://prl.aps.org.

Fonte:Fapesp e Serway.

25/08/2009

A teoria do caos e a mecânica quântica desmentem o Demônio de Laplace:Nada está predeterminado!!



Marquês Pierre-Simon Laplace (1749-1827) foi um eminente físico e matemático francês do século 18. Ele viveu durante o tempo da Revolução Francesa e de outras grandes convulsões sociais, que se caracterizavam pela luta pela autodeterminação e liberdade. Nenhuma pintura simboliza melhor o assunto do que a obra "A Liberdade Guiando o Povo" feita em 1830 por Eugène Delacroix, mostrado acima.

Laplace teve uma idéia interessante, agora conhecida como Demônio de Laplace. Ele argumentou que tudo é feito de átomos, e todos os átomos obedecem a equações diferenciais regidas pelas forças que agem sobre eles. Se alguém tivesse conhecimento de todas as posições e velocidades iniciais de todos os átomos, alem de todas as leis de força agentes, e as fornecesse a um computador enorme (que ele chamou isso de um intelecto )então, para esse tal intelecto nada seria incerto e o futuro assim como o passado, seria presente perante nossos olhos . Esta situação implica que tudo está predeterminado, e todos nós somos apenas engrenagens de um relógio enorme. Se você achar que essa linha de raciocínio é correta até as ultimas conseqüências, isso significa que ninguém tem o livre arbítrio. Ocorre que Laplace veio com essa idéia em um período em que muito poucas pessoas acreditavam que elas poderiam alcançar o livre-arbítrio, somente se eles matassem muitas pessoas atualmente no poder.

O resgate do Demônio de Laplace vem da combinação de duas áreas da física. Uma delas é a ciência do caos que nos diz que a previsibilidade a longo prazo é sensivelmente dependente do conhecimento das condições iniciais.O outro componente é a impossibilidade de especificar a posição e a velocidade de qualquer objeto exatamente no mesmo tempo( relação de incerteza na física quântica). Mas o que já podemos retirar deste debate é a certeza de que o conceito de livre-arbítrio ainda está muito vivo- o conceito de previsibilidade de longo prazo dos sistemas de grande porte como o clima ou o cérebro humano é impossível. A combinação da teoria do caos e da teoria quântica garantem que Demônio de Laplace ou qualquer computador possivelmente não pode calcular e prever o que suas decisões individuais viram a ser.

Fonte:W.Bauer,G.Westfall e H.Dias

23/08/2009

VEJA OS VÍDEOS PREPARADOS PELA USP SOBRE A GRIPE INFLUENZA A(H1N1): O CONHECIMENTO É O MELHOR REMÉDIO!!

Confira os vídeos sobre Influenza A (H1N1). A Escola de Enfermagem e o Departamento de Enfermagem do Hospital Universitário, em parceria com a Telemedicina da Faculdade de Medicina da USP, participaram da elaboração do vídeo Higienização Mãos.

Higienização das mãos


















Etiologia e disseminação


















Diagnóstico e tratamento




Previna-se e coopere para o controle da síndrome gripal, seguindo as recomendações atualizadas no site do Hospital Universitário da USP
, ou clique direto nos seguintes links:
Saiba o que é e como se previnir

Mudanças nas recomendações para realização de exames e indicação de tratamento

THE BIG BANG THEORY SHOW:15 milhões de espectadores que conseguem ver um pouco sobre os trabalhos científicos modernos!!!


Entrevista com David Saltzberg, o Conselheiro sobre Ciência em The Big Bang Theory

P: Qual é exatamente o seu trabalho no show? Você escreve scripts ou simplesmente responde as perguntas dos roteiristas?

David: Os roteiristas mandam os scripts para mim com cerca de um mês de antecedência. Ás vezes o lado científico já está lá e eu apenas arrumo algumas coisas, se necessário. Alguns roteiristas são grandes fãs da ciência e conhecem impressionantemente muita coisa. Entretanto, até mesmo uma pequena palavra pode fazer a diferença entre uma coisa soar correto para o público e falso para a ciência, e o meu trabalho é fazer que isso fique certo (ciência). Outras vezes, eles me mandam um script com “colocar ciência” para substituir alguns detalhes e eu sugiro algumas coisas para preencher a cena. Por exemplo, na segunda temporada, eles precisavam de um projeto científico em que Leonard estivesse trabalhando para mostrar à sua mãe quando ela visitou seu laboratório. Sugeri um projeto real que contribuiu potencialmente para a descoberta da matéria negra feita recentemente por um grupo italiano. Se prestarem atenção (público), pode aprender algumas notícias verdadeiras sobre a física. Eu mandei para o set alguns designers para escreverem nos quadros brancos que foram postos uma semana antes da gravação. Ás vezes, os escritos referem-se ao tema do episódio. Por exemplo, no episódio onde os meninos compraram uma réplica da máquina do tempo, as equações do tempo de viagem que estavam no quadro foram utilizadas dos “wormholes” (túneis entre um tempo espacial e outro). Um matemático escreveu em seu blog nos criticando pela forma que inserimos os spins no quadro de forma estranha, mas também reconheceu também que esta é a forma que os físicos fariam. Os detalhes maiores ás vezes eles me perguntam, por exemplo, eles me perguntaram qual tipo de cilindro de nitrogênio líquido Leslie usaria para congelar banana na primeira temporada. Eu comentei sobre “dewars” (pequenos galões) e eles encontraram um ótimo de uma loja de suprimentos usados em New Jersey. Você vê atores lendo livros, que muitas vezes são livros de autoria de meus amigos. De qualquer forma, é fantástico ver eles contribuindo para a série

. O toalhete da estação espacial foi uma obra-prima. Infelizmente em ficção científica e de muitos outros aspectos “inteligentes” do diálogo eu não conheço quase nada. Estes são aspectos que vêem da vida real dos roteiristas.

P: Você já esteve no set? Se sim, o que achou?

David: Eu vou todas as semanas na gravação. Eu vou à gravação de cada episódio, se houver no último minuto uma pergunta sobre ciência, mas raramente acontece. Eu perdi alguns meses quando minha pesquisa me levou para a Antártida e isso me fez perder muito do pessoal. A série é gravada em frente a centenas de pessoas para dar o aspecto de um teatro. É uma ótima opção para uma terça-feira à noite. Os roteiristas me deixam ficar junto onde eles chamam de “video aldeia”, onde assistem pelo monitor. Tento descobrir o que eles estão fazendo e o que estão ouvindo, mas fico um pouco perdido. Acho que seria semelhante se um roteirista nos visitasse quando estamos realizando um experimento e tentasse descobrir como são nossas reações. Eu também levo físicos convidados e universitários da minha universidade, UCLA. O elenco e a produção tem a oportunidade de conhecer outros físicos além de mim, desta forma. Por trás das cortinas é como uma grande família. As pessoas são realmente amigas. O elenco e a produção ficam sem fazer nada e batendo papo nos bastidores. Algo que me espanta na série é como eles constroem um set inteiro de produção para ser utilizado apenas uma vez. Como a sala de controles no JPL (Laboratório de Propulsão a Jato, em português) na segunda temporada e o supermercado na primeira. Estes cenários são feitos em dias, com esforço enorme, e são usados por apenas alguns minutos na tela. Antes de estar envolvido na série, eu não tinha idéia do que eles faziam. Algumas pessoas do elenco e da produção também visitaram nossos laboratórios aqui no UCLA. Aprenderam sobre alguns experimentos modernos e conheceram também o dia-a-dia de físicos que são apaixonados pelo seu trabalho. Acho que o elenco não conhecia tantos físicos antes, e acredito que isso é útil para eles.

P: Qual sua piada favorita sobre ciência da série?

David: Em geral, gosto quando eles fazem coisas de “novos especialistas em física”. Por exemplo, na primeira temporada, tem uma cena onde Leonard e Sheldon sobem uma caixa pesada para o apartamento de Penny usando as escadas como um plano inclinado. O encontro de Leonard/Penny, em que ele gira a azeitona no vidro é uma descrição concisa entre a diferença de força centrífuga e centrípeta. Todos adoram a fantasia do Efeito Doppler do Sheldon. Uma professora do High School em contou que ela usou a cena, onde ela normalmente coloca as ciências Hollywoodianas para seus alunos criticarem. No entanto, não pôde colocar nada de errado na descrição de Sheldon sobre o movimento das ondas sonoras.

P: O que você acha de Sheldon? E o que a comunidade científica pensa sobre seus modos? Consideram acreditável/crível ou extravagante?

David: Não sei como Jim Parsons (Sheldon) faz. Seus modos não são apenas bem representados, mas realmente soa como se fosse um físico dizendo. Não só o critério de pronúncia, mas todo o ritmo de fala e ênfase em suas palavras devem estar corretas. Jim diz que não entende a ciência, mas não acredito nele. Acho que ele trabalha inacreditavelmente duro a cada semana e chega sabendo do que ele está dizendo. Os modos são a chave mestra do que os escritores estão fazendo. Ás vezes é muito escondido, mas se as pessoas forem procurar, elas verão que tudo está relacionado a idéias científicas verdadeiras que remontam o personagem. Pessoas que não assistem a série, que vêem apenas as propagandas, muitas vezes têm uma opinião negativa sobre Sheldon. No entanto, a maioria dos físicos que realmente assistiram ao seriado

reconhecem um “Sheldon” em seus laboratórios ou em sua faculdade. Ás vezes me contam sobre alguém ainda mais extremo. Embora nunca digam que “são um Sheldon”. Tenho me pegado dizendo coisas que Sheldon disse e me envergonho um pouco.

P: O que seus amigos cientistas acham deste trabalho? Acham que você está indo bem ou que irá popularizar a ciência?

David: A resposta esmagadora e forte que recebo é positiva. Tivemos uma página inteira positiva na Science Magazine. Estou muito feliz pelo pessoal de relações públicas da American Physical Society que me escreveu, dizendo sobre o que adoravam na série e até mandaram para o elenco brinquedos da física. Fomos citados na “Physics Today” como o próximo seriado que irei ver. Tem sido um excelente fórum de dois tipos de físicos. Primeiro, os físicos do High School, que fazem um panorama dos pontos reais da física para relembrar daquilo que aprenderam na escola, ou uma pitadinha daquilo que está por vir. Eu tinha até alunos de uma High School Junior de Illinois falando comigo sobre como calcular uma coisa falada na série. Segundo, eles (roteiristas) estão referenciando muito os trabalhos que estão sendo feitos em modernos laboratórios por físicos reais. Nesta era em que há uma pequena cobertura sobre a ciência, aqui é um lugar com mais de 15 milhões de espectadores que conseguem ver um pouco sobre os trabalhos científicos modernos. Talvez este seriado faça pelos físicos o que Indiana Jones fez pelos departamentos de arqueologia.

P: Já conheceu algumas pessoas por trás dos personagens? E alguma vez se sentiu (ou sente-se agora) ligado a algum deles? Se sim, qual?

David: Embora não tenha conhecido ninguém tão de perto, fico espantado como várias vezes outras pessoas me dizem que eles têm um “Sheldon” em seus laboratórios. Algumas mulheres contaram-me sobre como têm de lidar com os “Howard Wolowitzetadas” em seus trabalhos. Nunca conheci ninguém com o problema do Raj, mas acho interessante. Leonard parece perfeitamente normal para mim.

P: Já trabalhou em alguma outra série como consultor de ciência?

David: Cheguei a responder algumas inquietações do pessoal que fizeram o filme Anjos e Demônios. Dei algumas dicas sobre trabalhos de aceleração quando eles estavam ligando o LHC (Acelerador de Partículas). Mas nem de longe eu realmente me envolvi neste filme. Por exemplo, e nem mesmo vi o script do filme.

P: Pode dizer-nos algo sobre a sua participação no DVD da 2ª temporada?

David: Vai ser um DVD extra sobre “A ciência do Big Bang Theory”. Eu não vi nada disso ainda, mas eles estão falando sobre me colocar na frente das câmeras. Acho que não vou ter coragem de assistir.

P: Porque você acha que uma série sobre ciência/geek é tão bem-sucedida? É a nova tendência?

David: Não sou o melhor para dizer isso. O que tenho notado é que as pessoas não dizem simplesmente que a série é boa, elas dizem o quanto a adoram. Talvez as pessoas assistam pelos personagens e histórias. Ás vezes é uma história de amor entre jovens, ás vezes uma comédia engraçada como “Laurel and Hardy” (O Gordo e o Magro) e ás vezes, um conjunto de tudo isso. Pessoalmente eu adoro as formas dos roteiros e do elenco. Agora que eu vejo tudo isso de dentro, aprecio muito os valores da produção, como cada brilho nos sets mudam as coisas, a edição e o que eles fazem com as câmeras. É completamente diferente do que assistir na TV ou ao vivo no teatro.

P: Pode nos contar algum segredinho (fato desconhecido) sobre a série?

David: Quase todos os cartazes no bloco de física são verdadeiros. Alguns são feitos pelo nossos estudantes da UCLA sobre seus trabalhos de doutorado. Outros são propagandas de conferências de física que achei em meu escritório. O departamento jurídico tem que limpar cada um deles.

Tradução da entrevista feita por Leandro Kyo: inicialmente publicada aqui em inglês

Teoria das Supercordas:A melhor teoria para explicar o paradoxo da perda de informação em buracos negros!




Fonte:CBPF

GRIPE SUÍNA:UM GRANDE DESAFIO AOS HUMANOS QUE SOMENTE PODE SER VENCIDO PELA FRATERNIDADE!!!












14/08/2009

O QUE É ENERGIA E MATÉRIA ESCURA:ESSA RESPOSTA SERÁ FUNDAMENTAL PARA GARANTIR O FUTURO DA HUMANIDADE!!!




Daqui a cerca de 4 bilhões de anos o Sol será uma preocupação ainda maior para os habitantes do planeta Terra o motivo é que, quando acabar o hidrogênio do Sol, ele irá se expandir, levando a temperatura na superfície terrestre a cerca de mil graus centígrados, segundo estimativa feita em 1919 e ainda válida.

“Vale lembrar que o ser vivo mais resistente na Terra resiste a menos de 700ºC. Até lá, a água vai ter evaporado. A pergunta é: para onde iremos?” A despeito das expectativas, em Marte a temperatura poderá ainda não estar aceitável, mesmo com tanto tempo. “Temos que achar um outro planeta rochoso. E nenhuma fonte de energia atual é capaz de nos levar até um planeta fora do Sistema Solar.

A saída seria desvendar mistérios do Universo. “O Universo é composto por 4% da matéria que conhecemos (feita de prótons, elétrons, etc), 24% de matéria escura e 72% de energia escura, também chamada de a quinta essência, a qual ainda não conhecemos”.Descobrir o que é a energia escura poderá ajudar a conhecer o que irá ocorrer com o Universo e quando, mas não mudará o destino terrestre.

Por sua vez, a descoberta da matéria escura poderá levar os humanos a outras fontes de energia, que, eventualmente, ajudarão nas viagens para planetas distantes. Tudo estaria interligado e primeiro seria necessário desvendar o mistério da energia escura para então descobrir o que é a matéria escura. “Temos que descobrir precisamente quando, para, então, planejar o que fazer”.

A medida da idade de estrelas mais velhas. “As estrelas esfriam quando seu combustível nuclear [processo de transformação do hidrogênio em hélio e depois em carbono] acaba”.

“A reação nuclear só ocorre em temperaturas acima dos 10 milhões de graus centígrados. Elas estão quentes e depois esfriam. Mede-se, então, o tempo que leva para uma temperatura esfriar até a temperatura das estrelas mais velhas, que é de 1 milhão de graus centígrados no interior e de 3 mil graus centígrados do lado de fora. Para ter uma ideia, o Sol tem 15 milhões de graus em seu interior e 6 mil do lado de fora”.

Por meio da medida da idade das estrelas mais velhas – uma outra maneira de se chegar à idade do Universo –, há 20 anos um astrônomo brasileiro Prof.Kepler de Souza publicou um artigo em que sustentava que o Universo tinha cerca de 12,1 bilhões de anos.

A idade estava relativamente próxima à mais aceita atualmente, de 13,5 bilhões de anos, estimada em 2001 pelos astrônomos Wendy Freedman, Robert Kennicutt e Jeremy Mould, a partir de extensas observações com o telescópio espacial Hubble.

“O Brasil paga para usar 2,5% do tempo do telescópio Gemini, o que representa apenas 18 noites por ano para todos os cerca de 500 astrônomos brasileiros envolvidos. Os astrônomos que descobriram a idade do Universo usaram centenas de noites do Hubble para chegar a essa constatação”, Deve-se frisar que a tecnologia é cara e a astronomia é uma ciência que não dá retorno monetário, razão pela qual o Brasil não tem um telescópio como os Gemini – os dois telescópios de infravermelho mais poderosos da Terra, construídos um em Cerro Pachón (Chile) e outro em Mauna Kea (Havaí), – do qual o país é parceiro.

“Um telescópio tem que ser grande e capaz de medir, a partir daqui, o equivalente ao tamanho de uma moeda de R$ 0,5 na Lua. O Gemini, que custou US$ 250 milhões, faz isso”.

O astrônomo norte-americano Edwin Hubble (1889-1953) descobriu que as até então chamadas nebulosas eram galáxias fora da Via Láctea, que o Universo está se expandindo e que as galáxias se afastam umas das outras a uma velocidade proporcional à distância que as separa, razão que ficou conhecida como constante de Hubble.

Tais descobertas abriram caminho para que os astrofísicos Wendy Freedman, da Instituição Carnegie (Estados Unidos), Robert Kennicutt, da Universidade de Cambridge (Inglaterra), e Jeremy Mould, da Universidade de Melbourne (Austrália), definissem, em 2001, o índice de expansão do Universo, o que tornou possível calcular sua idade.

“O resultado é que hoje sabemos que o Universo tem se expandido há 13,5 bilhões de anos.Liderando um grupo de mais de 20 cientistas de 13 instituições diferentes, Wendy, Kennicutt e Mould determinaram que o melhor valor para a constante de Hubble seria 72 quilômetros por segundo por megaparsec – um megaparsec equive a 3,26 milhões de anos-luz – com margem de incerteza de 10%.

A descoberta do trio pôs fim a um debate que durou oito décadas e derrubou teorias e estimativas anteriores sobre a idade do Universo, como as do próprio Hubble, que a calculou em “apenas” 1 bilhão de anos.

Seguindo a constante de Hubble, os astrofísicos mediram a distância entre a galáxia à qual a Terra pertence – a Via Láctea – e 30 outras galáxias, usando o telescópio espacial da agência espacial norte-americana que leva o nome do famoso astrônomo.

A expansão do Universo só é mensurável ao se calcular a distância do afastamento das galáxias. Então, por meio das variáveis chamadas de cefeidas, conseguimos precisar a distância entre a Terra e cada uma dessas 30 galáxias. Observamos que, quanto mais distante estamos, mais rápido nos movemos”.

As variáveis cefeidas – população de estrelas pulsantes e de luminosidade extrema – podem ser usadas como espécies de velas para determinar a distância de outros objetos da galáxia. Um telescópio pode ser calibrado com grande precisão usando a aproximação de uma estrela cefeida, de modo que as distâncias encontradas com esse método estão entre as mais precisas disponíveis na atualidade.

O que a intrigava era que, quando se media a idade dessas estrelas, dizia-se que elas teriam cerca de 18 bilhões de anos. “A idade das estrelas era maior do que a constante de Hubble. E não podia haver estrelas mais velhas do que o próprio Universo. É como se pudesse haver filhos mais velhos do que os pais”.

Diretora dos Observatórios da Instituição Carnegie, onde Hubble trabalhou e descobriu que o Universo está se expandindo,ressalta que o desafio da vez é a energia escura, a forma hipotética de energia que estaria distribuída por todo o espaço.

“É o que precisa ser compreendido agora. Sabemos que a energia escura está acelerando a expansão do Universo. Temos que medi-la e descobrir qual a razão para isso”.

A equipe da pesquisadora também trabalha para finalizar, em 2019, a construção do Telescópio Gigante de Magalhães (GMT, na sigla em inglês), que terá um espelho de 24,5 metros de diâmetro e será um dos três maiores em operação na Terra, ao lado do Thirty Meter Telescope, de 30 metros, e do Extremely Large Telescope, de 42 metros.

Fonte:Profa.Dra.Wendy Freeman e Prof.Dr.Kepler S.Oliveira Filho

OSELTAMIVIR:O MEDICAMENTO MAIS EFICIENTE,ATÉ O MOMENTO, NO TRATAMENTO DA GRIPE A(H1N1)!!


A Fundação Oswaldo Cruz, por meio do Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos), iniciou a preparação dos primeiros lotes do medicamento oseltamivir, indicado para o tratamento da gripe pelo vírus influenza A (H1N1).

O medicamento começou a ser entregue ao Ministério da Saúde para distribuição aos hospitais de referência. Foram produzidos inicialmente 210 mil tratamentos. Cada tratamento é composto por dez cápsulas de fosfato de osetalmivir, quantidade indicada para um paciente.

Segundo a Fiocruz, se houver necessidade Farmanguinhos está preparado para produzir cerca de 120 mil tratamentos por semana no Complexo Tecnológico de Medicamentos em Jacarepaguá, Rio de Janeiro.

O medicamento é considerado o mais eficiente, até o momento, no tratamento de gripe A, sendo recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Da transformação em cápsulas até a autorização para a sua distribuição, o medicamento fabricado no Brasil passou por testes da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que encaminha processo para concessão do registro.

O oseltamivir inibe a atividade da enzima viral neuraminidase e, dessa forma, reduz a proliferação dos vírus da influenza A e B. Isso ocorre pela inibição da liberação de vírus infecciosos de células infectadas, diminuindo a gravidade da doença e a incidência de complicações associadas.

NOSSO PAI E O SISTEMA SOLAR:PAI NOSSO VOCÊ POSSUI UM LUGAR PERMANENTE EM NOSSOS PENSAMENTOS!

Não há motivo para pânico com a Gripe A H1N1:Veja recomendações de professores da USP



Existe um excesso de preocupação com a gripe A H1N1, afirmam os professores Eduardo Massad, da Faculdade de Medicina da USP, e Edson Luiz Durigon, do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da USP. Um exemplo dessa preocupação exagerada, segundo eles, é o uso de máscaras. Elas até são úteis, mas apenas para evitar que quem já está doente contamine outros. E, mesmo assim, a máscara que as pessoas têm usado não é a do tipo certo. “Essa é a máscara cirúrgica comum. A que protege um pouco melhor é um tipo especial e possui uma porosidade que impede a contaminação. Mas ela é cara e dura apenas alguns dias”, explica o epidemiologista Eduardo Massad. “Não se justifica usar máscara neste momento. Isso só aumenta o pânico, e as pessoas ficam o tempo inteiro se lembrando de uma coisa que não é tão perigosa assim.”
Para os professores, sempre que aparece um vírus da influenza que causa pandemia e afeta o mundo inteiro, vem a lembrança da gripe de 1918, que matou 100 milhões de pessoas, de uma população de aproximadamente 1 bilhão. O medo coletivo aumenta quando se leva em conta que o H1N1 veio do vírus que causou essa gripe. A partir de 1968, ele passou a circular anualmente, sendo um dos responsáveis pela chamada gripe sazonal, ou gripe comum, segundo Massad.
Nos últimos tempos, o H1N1 sofreu mutações para melhor se adaptar às células receptoras do homem. Quanto mais afinidade tiver com essas células, mais fácil será a infecção e mais rapidamente ela se espalhará. A preocupação com a gripe A também se deve ao fato de ela apresentar algumas características diferentes da forma sazonal, atingindo principalmente pessoas jovens, entre 20 e 50 anos (enquanto a outra atinge mais crianças e idosos) e sendo mais agressiva ao sistema respiratório. “Além disso, a gripe comum acontece aqui e ali, principalmente no inverno. Quando ocorre no Hemisfério Norte, não tem no Sul, e vice-versa. Esta pegou o mundo inteiro, de uma só vez”, completa Massad.

Números não-confiáveisOs dois professores afirmam que as estimativas sobre o número de pessoas infectadas não são confiáveis. A infecção só pode ser confirmada por exames em laboratório, que hoje estão restritos aos casos mais graves, por exigir uma técnica sofisticada de que nem todos os lugares dispõem. “Temos só suspeitas. Como o quadro clínico é muito parecido com o da gripe comum, é possível que o número de pessoas infectadas seja muito maior do que os dados oficiais, mas isso não há como saber”, diz o professor da Faculdade de Medicina.
Esses números, sendo menores que a realidade, fazem a gripe A parecer mais grave, uma vez que a porcentagem de morte acaba sendo inflada. Um dado número de mortos dentro de um universo menor representa uma parcela maior – portanto, uma mortalidade mais alta.
Ainda assim, a taxa de letalidade da gripe A no mundo é baixa – entre 0,1% e 0,5%, semelhante à da influenza comum. “O número absoluto de pessoas que morrem pela gripe comum é muito maior. Estima-se que só na cidade de São Paulo ela mate 15 pessoas por dia. Em julho do ano passado, foram 4.500 mortes no Brasil”, calcula Massad.
A gripe A não é mais mortal que a sazonal. É que não se costuma fazer diagnóstico para a influenza no Brasil, diz o virologista Edson Durigon. “As mortes por influenza comum não são divulgadas. Quando morre alguém por complicações dessa gripe, ninguém diz que é por causa dela. Só se fala da gripe A agora porque está todo mundo atento a ela”, completa.
Uma pessoa com gripe A não deve, portanto, ficar mais preocupada do que uma com gripe normal. Durigon acredita que sua letalidade pode ser ainda menor, porque as pessoas estão indo mais ao médico. A doença é diagnosticada e tratada mais cedo, o que aumenta as chances de a pessoa sobreviver.
Toda influenza pode atingir o sistema respiratório, lembra Durigon, mas a gripe A é mais invasiva, lesando as células e propiciando que bactérias causem pneumonia. Mas um tratamento com antibióticos resolve o problema, se começar cedo. “Em termos de doença, não há diferença maior. E nem sempre essa gripe dá diarreia e vômito. Um estudo notou que há elevação de diarreia, mas não é em todos os casos”, completa. Na maioria dos casos, o resultado é a melhora espontânea do paciente. “Ninguém sabe ao certo, porém, por que em alguns casos morrem pessoas anteriormente saudáveis, que não morreriam da gripe comum”, ressalva Massad.

Mudanças na rotinaA forma mais eficiente de contágio é por meios materiais – colocar a mão em maçanetas contaminadas e segurar os apoios no ônibus, por exemplo. “O vírus é transmitido pelo ar, mas é por pouco tempo que ele circula assim, e só se a pessoa estiver muito próxima de alguém contaminado. Se você respirar muito perto ou se estiver no elevador com uma pessoa gripada e ela espirrar, também pode contrair o vírus”, explica Durigon.
O melhor modo de prevenção é ter hábitos de higiene. “Esta é uma boa oportunidade para as pessoas aprenderem a ter um pouco mais de cuidado com a higiene pessoal. Independentemente da gripe, o fato de elas estarem aprendendo que têm de lavar a mão com frequência, que quando espirrar é preciso pôr a mão na boca, é positivo”, diz Massad. “Isso vai ajudá-las a se proteger de outras doenças.”
Evitar aglomerações também é recomendado. Para quem não pode evitar o uso do transporte público, a recomendação é usar álcool em gel nas mãos depois de sair. O produto mata os vírus e protege a pele. Ou lavar bem as mãos e evitar colocá-las na boca ou no nariz.Não recomendaria a máscara, a menos que você esteja contaminado”, diz Durigon. Uma boa alimentação também ajuda não só a evitar essa gripe, mas qualquer doença, lembra Massad.
Os dois professores concordam que evitar viagens para o exterior deve ser uma decisão pessoal. “É claro que, se puder evitar ir a lugares com epidemia neste momento, a chance de pegar gripe vai ser muito menor, mas se for inevitável…”, diz Massad, que tem uma viagem marcada para a Argentina e manterá seus planos de ir. Para Durigon, adiar as viagens é “excesso de zelo, uma vez que o vírus já está circulando. Se você for sadio, não tem por que adiar”.
Ele acredita ser aconselhável evitar que se levem crianças pequenas, principalmente com menos de um ano de idade, a locais públicos, como cinemas, shoppings e restaurantes cheios. E defende que há motivo para se alterar a rotina, pelo grande número de casos aparecendo ao mesmo tempo. Vale, então, o mesmo conselho: evitar lugares com aglomerações.
Massad acredita que “ainda não é exatamente o caso de se entrar em uma política de restrição tão grande de movimentação”. No entanto, acha que decisões como adiar o início das aulas são positivas por estarmos num período de transmissão da gripe. “Se for possível empurrar isso para a primavera, um grande número de casos pode ser evitado.
Qualquer medida que diminua aglomeração entre as pessoas ajuda.”

O vírus da gripe A H1N1 visto ao microscópio

Previsões O professor do ICB acredita que o mundo ainda terá mais dois ou três meses de gripe A. O professor Massad acha ainda que a gripe veio para ficar e “pode-se esperar mais alguns milhões de casos, principalmente a partir de outubro ou novembro (quando se aproximar o inverno no Hemisfério Norte)”.
Mas tudo vai depender de como esse vírus vai se comportar no segundo semestre. Devido à similaridade com o vírus da gripe de 1918, os professores não descartam a chance de ele voltar nessa época com uma fúria maior. “No passado foi assim. Houve uma pequena onda epidêmica na primavera do Hemisfério Norte, em que a gripe foi branda e praticamente desapareceu no verão. Quando chegou o outono, ela veio muito mais forte. Isso pode acontecer com esse vírus, ninguém sabe”, diz Massad, lembrando, porém, que naquela época não havia antibióticos, o que contribuiu para tamanha mortalidade.
Mas eu não vejo nenhuma razão para a taxa de mortalidade aumentar agora. Se o vírus mata muito, interrompe a transmissão. Do ponto de vista biológico, o que lhe interessa é infectar o maior número de pessoas, e não matar. Isso vale para qualquer agente infeccioso”, explica.
Enquanto isso, as autoridades têm feito um trabalho adequado, acreditam. “Eles fazem o que está ao seu alcance. O remédio é contado e só o liberam com diagnóstico oficial, que costuma levar de 7 a 10 dias, e para pacientes graves ou que tenham risco evidente (idosos, grávidas e crianças pequenas)”, diz Durigon, cujo laboratório realiza exames rotineiros de detecção da gripe para o HU. Para Massad, as autoridades mundiais estão um pouco atônitas com essa gripe e estão aprendendo a lidar com ela. “O ideal seria se já tivéssemos uma quantidade de vacina pronta”, completa.

Fonte:USP

Microscópio:Um instrumento criado pela ciência que muda a nossa percepção da realidade!!!


Desde a invenção do microscópio por volta de 1590, houve uma ampliação dos conhecimentos de biologia básica, pesquisa biomédica, diagnósticos médicos e ciência dos materiais. Os microscópios de luz podem ampliar objetos em até 1000 vezes e revelar detalhes mínimos. A tecnologia da microscopia de luz evoluiu muito desde os microscópios de Robert Hooke e Antoni van Leeuwenhoek. Técnicas especiais e ópticas foram desenvolvidas para revelar as estruturas e a bioquímica da vida nas células. Os microscópios entraram na era digital usando dispositivos acoplados de carga acoplada (CCDs) e câmeras digitais para capturar imagens. Apesar disso, os princípios básicos dos modelos mais avançados são muito parecidos com os dos microscópios mais simples usados nas aulas de biologia.

Um microscópio de luz funciona de maneira muito parecida com um telescópio de refração, mas com algumas diferenças nos espelhos. Recapitulemos brevemente como um telescópio funciona.

Um telescópio deve capturar muita luz de um objeto fosco e distante. Por este motivo, ele precisa de uma grande lente objetiva para captar o máximo de luz possível trazendo-a para um foco brilhante. Como a objetiva é grande, a imagem do objeto forma-se um pouco mais longe. Por essa razão, os telescópios são muito maiores do que os microscópios. A ocular do telescópio amplia a imagem quando a traz para o alcance da visão do observador.


Ao contrário de um telescópio, o microscópio capta luz de uma área minúscula, de um espécime fino, bem iluminado e que está próximo. Por isso o microscópio não precisa de uma grande objetiva. Essa lente em um microscópio é pequena e esférica, o que significa que a distância focal é muito menor em cada lado. Assim a imagem do objeto é focalizada a uma curta distância e dentro do tubo do microscópio. Essa imagem é ampliada por uma segunda lente, chamada lente ocular ou, simplesmente, ocular, que a traz para o seu campo de visão.

O microscópio é provavelmente a melhor analogia para a Ciência que existe: é um instrumento que muda a nossa percepção da realidade e nos faz perceber coisas incríveis que acontecem à nossa volta mas que são imperceptíveis pelos nossos sentidos.

As células foram descobertas colocando-se um pedaço de cortiça debaixo de um dos primeiros microscópios. Em uma gota retirada de uma poça de chuva revelou uma variedade insana de organismos novos. Tudo isso à nossa volta, tudo isso escondido até que a combinação esperta de algumas lentes convexas aumentassem nossa percepção da realidade. Mas microscópios também têm limites, inclusive os eletrônicos, que substituem os fótons por elétrons. A pergunta que fica é: que maravilhas se escondem por trás das limitações impostas pelos microscópios atuais?

A revista Nature (http://www.nature.com/news/specials/microscopy/index.html
)
selecionou 5 microscópios que podem nos responder esta pergunta
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1. Microscopia SPIM

Um dos microscópios que mais contribuiu para o avanço da Biologia é o microscópio confocal. Neste microscópio, marcadores específicos brilham ao receber lasers de certos comprimentos de onda. Podemos marcar mitocôndrias, por exemplo, e ver o efeito que drogas têm sobre elas acompanhando o seu brilho. Um dos problemas do confocal é o mesmo dos microscópios de luz: as amostras têm que ser finas, o que sacrifica a tridimensionalidade do sistema. Um segundo problema é que o uso de lasers pode danificar as amostras, limitando o seu uso. A SPIM, ou microscopia por iluminação de plano único, diminui a espessura do laser que chega às amostras e ainda permite a sua visualização em três dimensões.

2. Microscópio optofluídico

Já imaginou um microscópio sem lentes? O microscópio optofluídico detecta as sombras que uma amostra faz nele ou não enquanto ela flutua por cima de seus sensores. A combinação do sensor com uma camada de metal com buracos de 500 nanômetos ajuda a sua resolução ser melhor do que a de microscópios convencionais. O resultado é um microscópio que dá uma ampliação de 20x e que tem o tamanho de uma moeda de um real, usando menos processamento que um iPod. Esta pode ser a chave para microscópios baratíssimos que podem ser usados para identificar pacientes com malária na África. Veja abaixo a comparação de uma imagem gerada por um microscópio convencional (STD) e um pequeno optofluídico (OFM):


3. Microscópio UHVEM
Do menor microscópio para o maior: o microscópio eletrônico de voltagem ultra-alta de Osaka tem somente 13 metros de altura. Tudo isso para aumentar a espessura da amostra a ser bombardeada com elétrons, que são acelerados por um tubo de quase 6 metros a até 3500 kiloeletrovolts! O UHVEM permite a visualização de das delicadas estruturas nas pontas dos neurônios, que mal podem ser vistas, eram somente imaginadas, nos demais microscópios:
4. Microscopia SRS
Para leigos, a microscopia de espalhamento Raman estimulada parece pior que a convencional. Esta técnica detecta a vibração entre ligações químicas entre átomos, permitindo a localização destas moléculas na amostra desejada sem a utilização de marcadores. Muito útil se você quer saber como uma substância, como uma gordura, está se comportando dentra da célula.

5. Microscopia STED
Há um limite nos microscópios de luz que limita a sua resolução mais ou menos nos 200 a 300 nanômetros. Todos diziam impossível superá-lo. A microscopia STED, ou microscopia de depleção estimulada da emissão, consegue uma resolução menor que 20 nanômetros! Isso utilizando luz! Como? simplesmente focando-se um laser em forma circular em uma região ponto e um segundo laser que cancela a ação do primeiro em forma de rosca em volta. Desta forma, o segundo laser cancela a emissão de luz de muitos marcadores, eliminando-se assim, a interferência que acabava com a resolução do centro da rosca. É como se Miguilim consertasse seu microscópio de fluorescência:

Fontes:Revista Nature,HowStuffWorks e Carlos Hotta